Estamparia vegetal



Hoje farei uma postagem sobre as folhas da goiabeira.
Vou intercalando assim as postagens que ainda tenho, 
sobre as estampas dos eucaliptos.


A popular goiabeira, 
que pertence há tantas histórias das recordações infantis, 
se chama Psidium guajava 
e pertence a famíla das Myrtaceae.


É nativa da América do Sul, desde a Venezuela até o Rio de Janeiro e cultivada em todos os países de clima tropical.



Para fins medicinais 
deve ser podada e regada frequentemente 
para estimular a produção de gomos foliares terminais (olhos) 
que são as partes medicinais da planta.


Como planta medicinal, 
segundo a literatura etnofarmacológica, 
é a planta unanimemente mais usada no tratamento caseiro de diarréias na infância;


 é referido, também, o uso do chá em bochechos e gargarejos no tratamento de inflamações da boca e da garganta ou em lavagens locais de úlceras e na leucorréia.


Entre os constituintes químico fixos das folhas encontram-se vários taninos elágicos (o que nos interessa).

 O extrato aquoso do "olho" (broto)  da goiabeira, mostrou intensa atividade contra a Salmonella, Serratia e Staphylococcus, germes muitas vezes responsáveis  por graves diarréias de origem microbiana, mas forte na variedade  de polpa vermelha e muito mais fraca nas folhas adultas e cascas.



 O chá por infusão é preparado adicionando-se água fervente, em quantidade suficiente para uma xícara das médias, sobre 3 a 4 brotos (olhos): bebe-se uma ou mais xícaras ao dia ou logo após cada defecação líquida;


 para os casos de diarréia infantil o chá deve ser preparado com 15 a 20 "olhos" em um litro de água, fervida junto com uma colher das de sopa de açucar e uma colherinha de sal, sendo usado como soro rehidratante caseiro, a ser administrado em pequenas doses, a cada cinco ou dez minutos.


O texto apresentado acima foi retirado do livro 

 Plantas Medicinais no Brasil

de Harri Lorenzi e F. J. Abreu Matos, 2º edição.


Tenho que informar que estes experimentos foram realizados 
em camiseta 100% algodão, não orgânico.


O mordente usado foi o ferro.
quanto mais ferro mais escura fica a parte inferior da folha.



Tenho que informar também que as fotos da planta foram feitas hoje, 20 de agosto de 2014, e, que as estamparias foram realizadas com folhas colhidas no início do inverno.



 Desta vez obtive cores esverdeadas no lado superior da folha
 e cores escuras no lado inferior.
Em experimentos anteriores 
já obtive cores rosadas na parte superior da folha.


Acredito que esta espécie a o 

Eucalipthus saligna.


 Se estiver errada podem me corrigir




No site www.mudasdeeucalipto.bio.br diz que e uma

das espécies mais cultivadas para reflorestamento no

centro sul do Brasil. Produz madeira vermelha-clara,

 pesada, de boa qualidade, utilizada para diversos

fins.







No site www.globalwood.com.br  
descreve o Eucalypto saligna como uma árvore de 20-30 m  de altura, originária da Austrália, de tronco ereto com casca lisa descamante, cor acinzentada ou branco azulada. 



Pertence a família  Mirtaceae.





Na estamparia vegetal ela surpreende sempre.



Dependendo se a fase da lua  estava  quarto crescente... cheia... quarto minguante... nova...


 da estação... primavera...verão...outono...inverno... 


do tempo que passou... 
desde que ela foi colhida 
até o momento de ser usada na estamparia... 


 se foi colhida da árvore...


ou foi colhida após  as folhas caírem no chão...

 

se estava um tempo seco... ou chuvoso...


 usou muito mordente... ou não...


se deixou secar tempo suficiente...


 ou à vontade de ver os resultados eram prementes e urgentes...


 depende do que foi escrito acima e
 mais paciência... 
mais dedicação...


 para se surpreender... 
com as paletas de verdes... de terras... de azuis...


 Em tempo: este amarelo forte que aparece de vez em quando são rodelas de açafrão que coloquei junto.
 Foi sugestão do meu marido.
Outro apaixonado pelos segredos encerrados nas plantas.


 Nas fotos o Eucalyptus  saligna aparece 
com outros tipos de plantas.



  Neste trabalho utilizei o ferro como mordente.


  Está aí uma árvore que aprendi que 
nem tudo que se escuta dela é verdadeiro.
Quanto mais conhecimento temos sobre um assunto menos reticências mentais temos com ele.




Há muito tempo havia prometido a mim mesma tirar um tempo e fazer  uma pesquisa 
sobre esta planta que me encanta:
 o eucalipto.


Sendo assim procurei algum trabalho na internet que me desse um quadro amplo deste vegetal.




Achei interessante  muitas informações 
que encontrei na página
www.worldseesbrasilcom.br




"O eucalipto é uma planta originária da Austrália, onde existem mais de 600 espécies.



Eucalyptus, em grego, significa “verdadeira cobertura”.



 Nas florestas da Austrália, o  eucalipto é a árvore dominante.



Elas pertencem à família das Mirtáceas,
a mesma da goiabeira,
da jabuticabeira e
da pitangueira.




Vulgarmente conhecidos como “gum trees”, isto é, árvores de goma, o eucalipto deve este apelido ao fato de que muitas espécies soltam, por qualquer ferimento, bastante seiva e resina com um odor muito forte.




Entretanto isto não impede que animais como coalas, gambás e muitos insetos se alimentem das folhas do eucalipto.




A cultura do eucalipto ganhou destaque no Brasil, a planta se adaptou muito bem no nosso clima e no nosso solo.




Atualmente, do eucalipto, tudo se aproveita. 




Das folhas, extraem-se óleos essenciais empregados em 
produtos de limpeza e alimentícios, em perfumes e até em remédios.





A cascaoferece tanino, usado no curtimento do couro.


O tronco fornece madeira para sarrafos, lambris,
ripas, vigas, postes, varas, esteios para minas, mastros para barco, tábuas para embalagens e móveis.


Sua fibra é utilizada como matéria-prima para a 
fabricação de papel e celulose.





Pelos registros oficiais, foi em 1868 que os primeiros pés de eucalipto foram plantados no Rio Grande do Sul,




onde já havia a tradição de plantar árvores acácia-negra, para a produção de tanino 
(substância utilizada no curtimento do couro e na produção de adesivos e fitoterápicos).



Entre o final do século XIX e início do século XX, o eucalipto, plantado inicialmente com fins ornamentais, 




foi se vulgarizando e somente em 1907 a árvore foi utilizada em larga escala por Navarro de Andrade na construção da 
“Ferrovia da Morte”, a Madeira- Mamoré, na Amazônia.


A partir dessa época, o eucalipto passou a fazer parte da paisagem brasileira, ao lado de outros estrangeiros conhecidos, 
como o café e o trigo (do Oriente Médio), 
o arroz e a soja (da Ásia), 
o feijão, o coco, a cana-de-açúcar 
e gramíneas forrageiras (da África), 
o milho (do México) 
e a banana (do Caribe) "



Concentrei até aqui as informações históricas 
contidas no site citado acima.



Segundo CADERNO DO EUCALIPTO, escrito por
Lívia Cristina Cavalher Atz de Vilhena Moraes
Engenheira Florestal, M. S., Homeopata, 





"recomenda áreas onde plantar eucaliptos sem problemas:


> Na beira de estradas.
> Em voçorocas visando diminuir a erosão.
> Em pastos abandonados, improdutivos, ou com piquetes.
> Em morros (sem árvores).



> Contornando a propriedade (fazendo cerca viva).
> Em parceria com outras plantas (consórcio).
> Como quebra vento, protegendo a propriedade.



Áreas onde não se deve plantar eucalipto:
>Perto de nascentes, brejos e leito de rios.
> Nas outras Áreas de Proteção Permanente
 (morros muito inclinados).




Os valores medicinais do eucalipto
Quase todos os tipos de eucalipto têm aroma caraterístico.
 Esse aroma vem do óleo essencial e é responsável pelo va-
lor medicinal  dos eucaliptos. 

Aproximadamente 65  tipos de eucalipto tiveram a sua ação medicinal comprovada pela ciência e pelo uso popular.


 Aqui no Brasil dois tipos de eucalipto
são  muito   utilizados  pelas   pessoas   de  diversas   formas. 



 E. citriodora
.Pode ser utilizado como poste, moirão, lenha 
e tem valor medicinal.
Vários produtos de limpeza e cosméticos 
são derivados desse óleo.
Esta planta  é muito conhecida pelo cheiro característico, 
o famoso cheiro  de sauna.
O uso interno (chás) não é indicado.
A forma de utilizar o poder medicinal desta planta é a inalação.
A inalação é indicada como expectorante, antiasmático e ajuda nos distúrbios  respiratórios como bronquite e sinusite. 
Pode ser  reconhecida pelo cheiro característico das suas folhas e pelo tronco meio rosado.



E. globulus
 Pode ser utilizado como elemento estrutural em construções, 
celulose e papel  e tem valor medicinal.
Este é o único eucalipto que pode ser usado na forma de chás.
É indicado nos casos de asma, bronquite, gripe, febre e sinusite.
Externamente pode ser utilizado em úlceras e feridas.
Pode ser reconhecida pelas folhas azuladas e com formato de coração.
Na aromaterapia o óleo essencial é utilizado 
com várias indicações.
Como estimulante da atividade cerebral, 
no combate   à   fadiga   física   e  mental.
 Também  fortalece  o   sistema imunológico.
É poderoso desinfetante de ambientes, purificao ar 
(contra fungos e bactérias) e atua como repelente de insetos."



Ela também escreve sobre a relação dos eucaliptos e abelhas 
para produção de mel.

Com a estamparia vegetal me familiarizei com o eucalipto,
 nas suas mais diversas variedades.

Não  olho para ele, assim como para todas as outras espécies de plantas, que são chamadas de exóticas, como invasoras.

Estranho é este costume humano de predar todas as espécies,
 inclusive a sua própria, para tirar benefícios,
 gerar lucros e dizer que é para o bem social.

Estamos  em um  pequeno planeta e todos os reinos são habitantes dele, independente do seu lugar de origem geográfica.

Nesta pequena pesquisa que realizei, apenas aumentou o grau de admiração e afeto por esta planta pródiga, completamente generosa que oferece  benefícios  em qualquer parte da sua estrutura física.

Seja bem vindo Eucalypthus!!!


A carqueja é nativa do Sul  e Sudeste do  Brasil, 
principalmente nos campos de altitude.


Esta planta é amplamente utilizada no Brasil ma medicina caseira, hábito este herdado de nossos indígenas que há séculos  já faziam uso da mesma para  o tratamento de várias doenças.


Subarbusto  perene, ereto, muito ramificado na base, de caules e ramos verdes com expansões trialadas, de 50-80 cm de altura.


Folhas dispostas ao longo de caules e ramos 
como expansões aladas.



A carqueja é da família Asteraceae
 e atende pelo nome de Baccharis trimera.



A Baccharis uncinella é uma planta arbustiva, 
com usos similares a carqueja comum.


Nota: 
não vou mostrar estampas da Baccharis uncinella nesta postagem. 
Apenas aproveitando o momento e apresentando outra carqueja.



O primeiro registro escrito do seu uso data de 1931, informando o emprego da infusão de suas folhas e ramos para o tratamento da esterilidade feminina e da impotência masculina e, atribuindo-a propriedades tônicas, febrífugas e estomáquicas


A partir desta época, o seu uso aumentou, sendo empregado principalmente para problemas hepáticos (remove obstruções da vesícula e do fígado) e contra disfunções estomacais (fortalece a digestão) e intestinais (vermífugo).


As propriedades hepatoprotetoras, amplamente consagradas no uso popular, foram validadas num estudo farmacológico em 1986 usando o extrato aquoso cru desta planta.


As propriedades digestivas, antiúlcera e antiácida foram validadas num estudo com ratos, mostrando que esta planta reduziu a secreção gástrica e teve um efeito analgésico.


Um estudo clínico conduzido em 1967 mostrou a habilidade do extrato desta planta na redução dos níveis de açúcar no sangue, validando assim seu efeito hipoglicêmico.


O texto apresentado acima foi retirado do livro 
 Plantas Medicinais no Brasil
de Harri Lorenzi e F. J. Abreu Matos, 2º edição.


Usei ferro como mordente.
É uma planta que precisa de mais tempo de banho.
Quando ela se mostra apresenta variações nos verdes.


Adoro estas fotos tremidas!
Até a próxima postagem!


Vou iniciar uma série de postagens com fotos de uma série de camisetas algodão que estampei.
Não vou mostrar muito as camisetas e sim os efeitos que fui conseguindo com determinado vegetal.



Vou começar pela letra A, de AROEIRA.

                             


Ela é da família  Anacardiaceae.
Pertence ao gênero Schinus.


Dá uma árvore mediana com 5-10 metros de altura. 
Folhas compostas, com 3 a 10 pares de folíolos aromáticos,  medindo de 3 a 5 cm de comprimento por 2 a 3 de largura. 
Possui um fruto com cerca de 5cm de diâmetro, aromático e adocicado, brilhante e de cor vermelha.



Ocorre  ao longo da mata atlântica 
desde o Rio Grande do Sul  até o Rio Grande do Norte.


É amplamente cultivada na arborização de ruas e praças.



Os resultados de sua análise fitoquímica registram  a presença de alto teor de tanino.


Os resultados de ensaios farmacológicos registraram a existência  nesta planta  de propriedades antiinflamatória, cicatrizante e antimicrobiana para fungos e bactérias.


Um ensaio clínico feito com extrato aquoso das cascas na concentração de 10%  aplicado na forma de compressas intravaginais em 100 mulheres portadoras de  cervicite e cervicovaginites promoveu 100% de cura num período de uma a três semanas de tratamento.


Com base no uso tradicional  desta planta e nos resultados de estudos químicos, farmacológico  e clínico, as preparações feitas com suas cascas podem ser usados no tratamento tópico de ferimentos na pele ou, especialmente, mas mucosas em geral, infectados ou não, nos casos de cervicite (ferida no colo do útero) e de hemorróidas inflamadas, bem como nas inflamações das gengivas e da garganta na forma de gargarejos, bochechos  e compressas feitas com o cozimento.


O uso das preparações de aroeira deve ser revestido de cautela por causa da possibilidade do aparecimento de fenômenos alérgicos na pele e nas mucosas.


O texto apresentado acima foi retirado do livro 
 Plantas Medicinais no Brasil
de Harri Lorenzi e F. J. Abreu Matos, 2º edição.
Um de meus livros prediletos de pesquisa.


Lembra que foi citado o alto teor de tanino?
A quantidade de tanino na planta acelera a fixação nas fibras.



Tem pessoas que usam o tanino em pó como mordente 
para auxiliar na estamparia vegetal.


Neste experimento usei sulfato de ferro.


Você também vai ver diferenças na luz que foi tirada a fotografia, contudo o tom esverdeado do lado de cima da folha persiste, e às vezes vai para tons mais creme escuro.


Estas camisetas ficaram 3 dias no rolo secando.
Quando abri ainda estavam úmidas.


Isto parece uma pintura.
Observe os galhos da planta contornando a folha.


Aqui houve uma combinação com o ferro enferrujado.


O lado debaixo da folha, invariavelmente, sai assim escuro.



Click!


Para mim as fotos expressam uma beleza momentânea!
Falando nisto vai uma dica 
sobre a conservação das estampas obtidas nas camisetas:
lave a camiseta  à mão,  
água a temperatura ambiente, 
use sabão neutro, 
seque à sombra e 
passe com ferro bem quente. 
Procedendo assim a estampa permanece por muito mais tempo fixado na fibra que você escolheu.

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